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Anestesia em HOF: saiba como controlar a dor do seu paciente

Botox

Descubra como a anestesia pode te ajudar no seu tratamento de HOF!

Eu sempre falo que o que faz um profissional de harmonização orofacial ser referência e ter destaque nessa área é a junção de dois fatores:

1) Fazer um procedimento bem feito;
2) Realizar um procedimento com o mínimo de desconforto.

Essas duas coisas só são possíveis se em primeiro lugar você tiver técnica, e em segundo, se souber escolher os seus anestésicos na HOF.

Além disso, é importante ressaltar que existem diversas variáveis que o profissional de HOF deve estar atento antes de escolher uma anestesia, tais como: perfil do paciente, doenças pré-existentes, uso de medicamentos e até mesmo cirurgias anteriores precisam ser consideradas na hora de anestesiar alguém.

Pensando em tudo isso, hoje vamos falar sobre a importância das anestesias e do papel que elas desempenham na harmonização orofacial.

A descoberta da Anestesia

É um fato que a anestesia revolucionou a prática clínica como um todo.

Até o seu surgimento, os melhores cirurgiões não eram aqueles que realizavam os melhores procedimentos, mas sim aqueles que conseguiam ser os mais rápidos.

Afinal, até a descoberta dos anestésicos não existiam procedimentos cirúrgicos sem dor. No máximo, o paciente tomava alguma bebida alcoólica na intenção de que isso diminuísse o seu sofrimento. Entretanto, tudo mudou com a chegada dos anestésicos!

A descoberta da anestesia foi uma das inovações clínicas que mais revolucionou a cirurgia. Pois, além de trazer conforto e segurança para o paciente, os anestésicos também oferecem maior segurança aos profissionais, já que estes podem realizar os seus procedimentos com a certeza de que seus pacientes não estão sentindo dor.

Isso tudo também vale para a HOF!

Pois como eu disse lá em cima, saber escolher a anestesia é um dos fatores que vão determinar o sucesso do seu tratamento.

Mas será que você sabe como controlar a dor na HOF?

A anestesia permite realizar algo sem percepção de dor. Essa é, com certeza, a melhor definição que a anestesia pode ter. 

Os anestésicos cessam o impulso nervoso que transmite a mensagem de dor para o cérebro, mas não conseguem  impedir uma inflamação. Em outras palavras, a anestesia impede que o sistema nervoso interprete a informação de dor.

Assim sendo, o controle de dor na HOF é feito por um tripé formado por Anestesia, Intervenção Clínica Adequada e Utilização de Medicamentos

Como na maioria das vezes a dor na HOF costuma ser do tipo nociceptiva, ela pode ser controlada com apenas três medicamentos:

  • Anestesia,
  • Analgésicos;
  • E anti-inflamatórios.

É muito importante não confundir anestésicos com analgésicos. Este último diminui a dor, mas não impede seu paciente de senti-la. 

Por isso, neste artigo, iremos nos concentrar apenas no primeiro. 

Nós podemos dividir os anestésicos em dois grupos:

Anestésicos gerais e locais

Anestesias locais e gerais são substâncias químicas totalmente diferentes. 

Os anestésicos gerais são drogas administradas sistemicamente, tanto pela via inalatória, quanto endovenosa em ambiente hospitalar. Eles deprimem o Sistema Nervoso Central, de forma que o paciente perca a consciência e as sensações, inclusive a de dor. São indicados para casos mais complexos ou nos casos em que não se possa anestesiar apenas localmente o paciente.

Os anestésicos locais são fármacos capazes de bloquear impulsos de maneira localizada e reversível. Eles são utilizados de diversas formas na Harmonização Orofacial, sendo aplicados por vias tópicas ou injetáveis e fazem efeito apenas na região anestesiada. 

Como a dor da HOF costuma ter origem nociceptiva e está relacionada a inflamação aguda, a maioria dos procedimentos utilizam apenas anestésicos locais. Por isso, neste artigo, iremos nos focar apenas neles.

Dentre os anestésicos locais, temos a anestesia tópica e injetável. Vejamos agora como cada uma delas funciona: 

Anestesia Tópica x Injetável

Como eu sempre gosto de frisar, para trabalhar com harmonização é preciso entender as bases dos anestésicos em HOF de uma maneira geral.

As anestesias tópicas são encontradas na forma de gel, spray ou pomadas e são substâncias que podem ser aplicadas diretamente sobre a pele ou mucosa. Elas costumam ser utilizadas em procedimentos mais superficiais e que não envolvem grandes manipulações de tecido. 

Já as anestesias injetáveis (infiltrativas e bloqueios) são utilizadas em procedimentos mais profundos ou que envolvem maior manipulação.

Mas lembre-se: os medicamentos tópicos não devem ser utilizados de maneira inadequada!

Vejamos abaixo o porquê!

Cuidados com a anestesia em HOF

  • Medicamentos tópicos 

A escolha do anestésico tópico é algo muito importante na harmonização orofacial. Afinal, não é porque se trata de uma pomada ou gel que o paciente estará isento de efeitos colaterais, uma vez que a pomada também é um medicamento e como tal, exige cuidados.

As diferenças entre anestésicos injetáveis e tópicos envolvem latência , duração, concentração, formas de apresentação, entre outros. Anestésicos tópicos costumam levar mais tempo para fazer efeito do que anestésicos injetáveis.

E mesmo sendo encarados como fármacos mais leves, podem ser igualmente perigosos se não forem administrados da maneira correta. Já existem diversos estudos clínicos sobre pacientes que foram intoxicados por anestesia tópica comprovando isso.

Por isso, é preciso ter muito cuidado na hora de empregar esses fármacos em procedimentos de harmonização orofacial, já que o uso de tais substâncias de maneira inadequada pode levar o seu paciente a óbito.

De maneira geral: quanto maior a efetividade de um anestésico tópico, maior também é a chance de uma intoxicação.

  • Anestésicos injetáveis 

As anestesias injetáveis trazem mais conforto ao paciente e dão mais tranquilidade para o profissional realizar o procedimento. Como faz melhor efeito e age mais rapidamente (quando comparado à anestesia tópica somente), é a mais indicada para áreas sensíveis e procedimentos invasivos, como o preenchimento facial.

No entanto, muitos profissionais de harmonização se sentem inseguros em ministrar anestésicos injetáveis em seus pacientes. Mas, por incrível que pareça, a técnica para a anestesia injetável é relativamente simples. E, de modo geral, muito mais fácil do que a maioria dos procedimentos da HOF como, por exemplo, o preenchimento labial. 

Contudo, para aplicá-la é preciso, antes de qualquer coisa, entender as estruturas anatômicas da face do seu paciente. Sendo este, um fator imprescindível para quem quer trabalhar com harmonização orofacial. Afinal, para aplicar uma anestesia injetável de forma segura e eficaz no seu paciente, você precisa conhecer  a área que você está tratando. 

Anestesia com vaso ou sem vasoconstritor?

Hoje na HOF, nós usamos anestésicos com vasoconstritores sempre que possível. Afinal, esses fármacos trazem diversos benefícios como: aumento no tempo de duração da anestesia, redução de reaplicação, menor perigo de toxicidade e melhora do efeito anestésico.

Contudo, alguns cuidados também devem ser tomados na sua aplicação para não causar necrose do tecido. Você não deve aplicá-los em extremidades, superficialmente e em cartilagem.

Afinal, o menor descuido pode trazer consequências inimagináveis para o seu paciente e se transformar em uma grande dor de cabeça para você!

A importância do planejamento da anestesia na HOF

A HOF é  uma das áreas que mais utiliza aplicações de anestésicos injetáveis. No entanto, o planejamento dessas medicações não deve nunca ser desconsiderado. Apesar de atuarem no controle da dor, elas também podem ocasionar alguns efeitos adversos, dependendo de onde forem aplicadas.

Algumas anestesias são realizadas próximo a feixes vasculonervosos. E por isso, é preciso ter certeza que você não está depositando o anestésico dentro de veias ou artérias. 

Por essa razão, o planejamento é tão importante na HOF. Conhecer os pontos de aplicação, de preenchimento e direcionamento antes da anestesia é fundamental.

Outro aspecto muito importante a ter em mente é a escolha dos medicamentos. Pois nem sempre você vai lidar com pacientes saudáveis. 

Muitas vezes, os pacientes que chegam ao nosso consultório podem ter alergias, comorbidades, problemas hepáticos, serem fumantes ou mesmo terem dificuldades em metabolizar os medicamentos. Às vezes, o paciente não tem alergia ao anestésico, mas pode ter alergia ao conservante do vasoconstritor.

Todos esses fatores do perfil do paciente precisam ser levados em conta na hora de escolher o anestésico e a dosagem a ser ministrada.

Por fim, não existem soluções mágicas na Anestesia!

Mas compreender as particularidades de cada uma é o que te ajudará a se tornar um bom profissional. 

Dito isto, o que precisa ficar claro é que um paciente que sente menos dor é um paciente mais satisfeito, um paciente que volta, que indica e recomenda o seu serviço. Por isso, o mais importante durante o procedimento de HOF é proporcionar ao paciente o maior conforto possível.

Este artigo foi útil para você? 

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